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A suplementação com creatina melhora o desempenho físico?
Postado em 20/10/2014 | fonte - NAPAN - Usp

A suplementação com creatina melhora o desempenho físico?

A creatina (ácido α-metil guanidino acético) é uma amina endogenamente sintetizada por fígado, rins, pâncreas e cérebro. Além disso, pode ser obtida via alimentação, especialmente pelo consumo de carnes e peixes. O suplemento é capaz de melhorar sim o desempenho físico, porém, em algumas condições bem específicas, explica o professor e Dr. Bruno Gualano, do Laboratório de Nutrição e Metabolismo aplicados às atividades motoras da USP . Ele destaca a importância de se monitorar o uso.
 
A creatina tem como papel central a provisão rápida de energia durante contração muscular, através de reação catalisada pela enzima creatina quinase (CK). Além disso, a creatina é responsável pela transferência de energia da mitocôndria para o citosol, especialmente em tecidos cuja demanda energética é elevada, como no músculo esquelético.
 
Muitos esforços científicos foram destinados à investigação dos efeitos da suplementação de creatina sobre o desempenho físico esportivo. Nesse tocante, os achados disponíveis na literatura apontam, consistentemente, para a eficácia desse suplemento na produção de força, aumento de massa magra e melhora do desempenho físico em atividades de alta intensidade e curta duração (≤ 30 segundos).
 
Em virtude de tais benefícios, a creatina tornou-se um dos suplementos mais utilizados no esporte, sendo amplamente recomendada para atletas engajados em modalidades cujo desempenho dependa de força e potência (ex.: corrida ou ciclismo de curta duração, modalidades de combate, levantamento olímpico, modalidades de coletivas).
 
Em paralelo ao estudo da creatina no esporte, diversos grupos de pesquisa têm investigado papel terapêutico desse nutriente em distúrbios osteomioarticulares (ex.: miopatias, sarcopenia, osteoporose, osteoartrite), desordens psiquiátricas e neurodegenerativas (ex.: depressão, doença de Parkinson, transtornos cognitivos) e disfunções metabólicas (ex.: diabetes do tipo 2, dislipidemia). Os achados clínicos ainda são insuficientes, mas já apontam para um possível benefício do consumo desse suplemento em idosos. 
 
Talvez o único efeito adverso provocado pela suplementação de creatina seja a retenção hídrica, que possui repercussões negativas no âmbito esportivo, particularmente em algumas modalidades dependentes de peso corporal (ex.: corrida e ciclismo), porém não sobre a saúde em geral.
 
Além disso, ressalta-se que, para alguns indivíduos, altas ingestões de creatina (geralmente superiores a 20g/dia ou doses únicas maiores do que 10 g/d) resultam em distúrbios gastrointestinais, os quais podem ser atenuados por meio de fracionamento das doses (ex.: 4 ou 5 doses/d).
 
Contudo, cabe salientar que a segurança da suplementação de creatina segue pouco investigada em algumas populações, como pacientes com doença renal crônica, grávidas e crianças. Portanto, recomenda-se a monitoração periódica de parâmetros clínicos e laboratoriais nessas populações usuárias de creatina.
 
 

 

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