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Inca alerta sobre risco de contaminação em alimentos
Postado em 13/04/2015 | fonte - Inca

Inca alerta sobre risco de contaminação em alimentos

Você daria uma boa garfada no almoço se soubesse que colocaram veneno na sua comida?
Essa tem sido uma pergunta frequente em peças publicitárias que buscam alertar o brasileiro sobre os perigos do uso de agrotóxicos no país, em uma escala cada vez mais crescente.
 
O alerta se faz necessário uma vez que, desde 2008, o Brasil detém o triste título de maior consumidor mundial destes produtos em suas lavouras. Em 2009 o Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de toneladas, o equivalente a um consumo médio de 5,2 kg de veneno agrícola por habitante. A informação é do estudo "Agrotóxicos no Brasil: um guia para ação em defesa da vida", publicado em 2011 pela pesquisadora Flavia Londres.
 
Para o Instituto Nacional de Câncer, o Inca, a liberação do uso de sementes transgênicas no país foi uma das responsáveis por colocar o Brasil no primeiro lugar deste ranking, uma vez que o cultivo dessas sementes geneticamente modificadas exige grandes quantidades destes produtos.
 
Baseado em pesquisas sobre os potenciais efeitos mutagênicos e carcinogênicos de substâncias e produtos utilizados pela população, o INCA divulgou no início do mês relatório em que se posiciona contra as atuais práticas de uso de agrotóxicos no Brasil, ressalta seus riscos à saúde, em especial nas causas do câncer, e pede às autoridade redução do uso. Os agrotóxicos são produtos químicos sintéticos usados para matar insetos ou plantas no ambiente rural e urbano. O relatório aponta que o modelo de cultivo com o intensivo uso de agrotóxicos gera grandes malefícios, como poluição ambiental e intoxicação de trabalhadores e da população em geral.
 
"As intoxicações agudas por agrotóxicos são as mais conhecidas e afetam, principalmente, as pessoas expostas em seu ambiente de trabalho (exposição ocupacional). São caracterizadas por efeitos como irritação da pele e olhos, coceira, cólicas, vômitos, diarreias, espasmos, dificuldades respiratórias, convulsões e morte. Jáas intoxicações crônicas podem afetar toda a população, pois são decorrentes da exposição múltipla aos agrotóxicos, isto é, da presença de resíduos de agrotóxicos em alimentos e no ambiente, geralmente em doses baixas. Os efeitos adversos decorrentes da exposição crônica aos agrotóxicos podem aparecer muito tempo após a exposição, dificultando a correlação com o agente. Dentre os efeitos associados à exposição crônica a ingredientes ativos de agrotóxicos podem ser citados infertilidade, impotência, abortos, malformações, neurotoxicidade, desregulação hormonal, efeitos sobre o sistema imunológico e câncer.
 
Enganam-se aqueles que pensam em reduzir o problema diminuindo o consumo de frutas e verduras, ou mesmo intensificando o processo de higienização. A presença dos agrotóxicos não se limita a alimentos in natura. Resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (PARA) da Anvisa mostra que há resíduos de agrotóxicos também em muitos produtos alimentícios processados pela indústria, como biscoitos, salgadinhos, pães, cereais matinais, lasanhas, pizzas e outros que têm como ingredientes o trigo, o milho e a soja, por exemplo. 
 
Segundo relatório do Inca, o veneno pode estar presente ainda em carnes e leites de animais que se alimentam de ração com traços de agrotóxicos, devido ao processo de bioacumulação. "O foco essencial está no combate ao uso dos agrotóxicos, que contamina todas as fontes de recursos vitais, incluindo alimentos, solos, águas, leite materno e ar. Ademais, modos de cultivo livres do uso de agrotóxicos produzem frutas, legumes, verduras e leguminosas, como os feijões, com maior potencial anticancerígeno." 
 
PERIGO ANUNCIADO
 
Se os danos à saúde por si só já geram grande debate, outras questões devem aquecer a discussão e pressionar o governo a adotar nova postura. Curiosamente, a indústria produtora de agrotóxicos continua recebendo isenção de impostos, o que contraria todo o discurso de medidas protetoras. Além disso, o Brasil ainda permite o uso de agrotóxicos já proibidos em outros países. Vale ressaltar que no meio dessa discussão foi divulgado no mês passado o resultado de uma avaliação feita por pesquisadores de 11 países, incluindo o Brasil, sobre o potencial cancerígeno de alguns herbicidas.
 
O resultado foi apresentado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC). O herbicida glifosato e os inseticidas malationa e diazinona foram classificados como "prováveis agentes carcinogênicos para humanos (Grupo 2A) e os inseticidas tetraclorvinfós e parationa como possíveis agentes carcinogênicos para humanos (Grupo 2B). Tanto a malationa e a diazinona quanto o glifosato são autorizados e amplamente usados no Brasil, como inseticidas em campanhas de saúde pública para o controle de vetores e na agricultura, respectivamente". 

 

Observatório de Publicidade de Alimentos

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