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Carboidrato obtido do soro de leite aumenta imunidade
Postado em 14/05/2015 | fonte - Elton Alisson | Agência FAPESP

Um grupo de pesquisadores da universidade californiana, liderado pela cientista italiana Daniela Barile, professora do Instituto de Ciências e Tecnologia de Alimentos da University of California em Davis, Estados Unidos, está obtendo do soro de leite permeado – um produto obtido por meio da remoção parcial da proteína do soro de leite – oligossacarídeos semelhantes aos do leite materno humano.
 
Os oligossacarídeos, carboidratos encontrados no leite materno, servem de alimento para bactérias benéficas, como a Bifidobacterium infantis. Ao se proliferar e colonizar o intestino, essas bactérias benéficas aumentam a imunidade e ajudam a proteger os bebês de infecções e doenças causadas por micróbios prejudiciais à saúde, como a Escherichia coli.
 
A ideia dos pesquisadores é adicioná-los a suplementos alimentares para restaurar o equilíbrio microbiano no trato digestivo e possibilitar aumentar a imunidade de pessoas com sistemas imunológicos comprometidos – como pacientes com HIV ou submetidos à quimioterapia –, além de adultos, idosos e bebês incapazes de receber leite materno.
 
“Evidências mostram que o leite materno promove a saúde intestinal dos bebês, ajudando a aumentar a imunidade e protegê-los de uma ampla gama de problemas de saúde, como obesidade, diabetes, problemas de fígado e doenças cardiovasculares”, disse Barile. Alguns dos resultados do estudo foram apresentados por elaem palestra em uma sessão sobre alimentos e agricultura durante a FAPESP Week UC Davis in Brazil, realizada nos dias 12 e 13 de maio em São Paulo.
 
“A descoberta de oligossacarídeos no soro de leite permeado abre novas possibilidades de aplicação dessas moléculas alternativas, que imitam o mais próximo possível as características estruturais e funcionais dos oligossacarídeos do leite humano, em suplementos e produtos lácteos, com o intuito de diminuir os desequilíbrios microbianos no intestino de crianças e adultos”, avaliou Barile.
 
As vacas produzem oligossacarídeos estruturalmente semelhantes aos encontrados no leite materno. O problema é que a produção dessa molécula diminui após os primeiros dias de lactação do animal.
 
Na busca por outra fonte alternativa da molécula – uma vez que ainda é difícil sintetizá-la quimicamente para ser usada em grande escala –, o grupo de Barile desenvolveu técnicas para obter oligossacarídeos a partir do soro de leite permeado.
 
“O soro de leite é produzido em grandes quantidades no processo de fabricação do queijo e é difícil de ser eliminado pelos laticínios, porque não pode ser descartado na água e em sistemas de esgoto”, disse Barile.
 
Segundo ela, 100 litros de leite resultam na produção de 10 quilos de queijo e 90 litros de soro de leite, que contêm cerca de 50% dos nutrientes do leite. São produzidos cerca de 200 milhões de toneladas de soro de leite no mundo por ano, dos quais 3 milhões no Brasil.
 
Alguns dos produtos comercializados hoje a partir desse resíduo da indústria de laticínios por meio da recuperação das proteínas por processos de ultrafiltração são concentrados ou proteínas de soro de leite isoladas – conhecidas popularmente como whey proteins.
 
“Além desses produtos, que são altamente rentáveis, é possível obter desse produto o soro de leite permeado, que tem alto teor de lactose, mas é poluente e o custo para eliminá-lo é elevado”, afirmou Barile. “A implementação de um processo de baixo custo para recuperação sistemática dos oligossacarídeos do soro de leite permeado permitiria às indústrias de laticínios agregar valor a esse subproduto e gerar ingredientes lácteos de alto valor no mercado”, avaliou.

 

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