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Asbran

Asbran define critérios para parcerias e patrocínios
Postado em 31/08/2015

A Associação Brasileira de Nutrição - Asbran publica hoje, dia 31, Portaria que institui critérios para o estabelecimento de parcerias, apoios e patrocínios realizados com a entidade. Segundo a diretora Carolina Chagas, a Portaria nº 01/2015 representa o envolvimento da Associação com as atuais diretrizes e estratégias alimentares nacionais, nas quais os esforços estão voltados para a qualidade do que comemos.
 
"Saímos de uma discussão quantitativa onde os nutrientes isoladamente tinham seu papel valorizado para tratarmos da alimentação como comida revestida de combinações, sabores, culturas, gostos e lembranças. Neste cenário a nova Portaria da Asbran delimita critérios para vincular a seus eventos patrocinadores alinhados aos conceitos de saudabilidade e sustentabilidade". 
 
Após análises e considerações frente à necessidade de implantação de estratégias efetivas e integradas para a redução da morbimortalidade causada por doenças crônicas não transmissíveis relacionadas à alimentação e nutrição, entre outras, a diretoria da Asbran decidiu não estabelecer parcerias com indústrias, empresas e ou instituições que comercializem, promovam, ofertem, doem, incentivem ou usem bebidas de baixo teor nutricional; bebidas alcoólicas; alimentos com elevada quantidade de açúcar e/ou gordura saturada e/ou gordura trans e/ou sódio; alimentos transgênicos; produtos para emagrecimento e “nutrição estética” para os quais não haja evidências científicas de seus efeitos; produtos que prometem “milagres”, efeitos ou impactos para os quais não haja evidências científicas de seus efeitos; produtos ultraprocessados; redes de fast-food; políticas e práticas de conflito com a saúde.
 
Carolina destaca que a portaria está alinhada com as diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira e que o regramento nela descrito não se aplica a produtos de terapia nutricional enteral e parenteral.
 
APOIOS
 
Entidades que defendem novas posturas para enfrentar o aumento das doenças crônicas não transmissíveis, justificado pelo atual padrão alimentar, já começaram a manifestar apoio à decisão da Asbran. A nutricionista Ana Paula Bortoletto, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - Idec, parabenizou a iniciativa em regulamentar a relação que a Associação estabelece com outras instituições de caráter privado.
 
"Essa ação contribui muito para aumentar a credibilidade e o papel protagonista da Asbran no Brasil. É uma questão fundamental para a área de alimentação e nutrição discutir a questão dos conflitos de interesse em eventos e congressos da área, que em sua maioria são patrocinados por grandes empresas transnacionais que promovem e comercializam produtos que não devem fazer parte de uma alimentação adequada e saudável. O incentivo para parcerias com os produtores de alimentos saudáveis e sustentáveis é um excelente caminho para o fortalecimento e a promoção desses produtos", disse.
 
Elisabetta Recine, coordenadora do Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição da Universidade de Brasília, integrante do Grupo Temático de Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva da Abrasco e conselheira do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional também comemorou a Portaria. “ Neste momento em que não temos mais como negligenciar os fatos que comprovam a relação entre o consumo de produtos ultraprocessados e o adoecimento de praticamente todas as populações do planeta, em que se avolumam as informações de financiamento não declarado de empresas para produção de evidências não confiáveis sobre a segurança no consumo destes produtos, é fundamental que a Asbran tenha, finalmente, dado passos firmes em direção à realização de seu congresso livre de conflitos de interesses. Isso é possível, isso já acontece com as melhores associações mundiais. Nossos congressos não precisam ser sofisticados – precisam ter qualidade científica e propiciar o livre debate de ideias."
 
Na avaliação de Michele Lessa, Coordenadora-Geral de Alimentação e Nutrição/DAB/SAS/MS, ao estabelecer importantes limites na relação público-privada, a Asbran mostra coerência com os princípios da alimentação saudável e organizar o próximo Conbran seguindo estes princípios dará um grande exemplo à comunidade.
 
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