Cresce em vários países o movimento de pesquisadores, profissionais e estudantes que defende o fim do patrocínio em eventos de Nutrição por parte de grandes corporações do setor de alimentos e bebidas, cujos produtos contribuem para o aumento das doenças crônicas não transmissíveis e obesidade.

 

No início deste mês, foi entregue à direção do XVII Congreso de la Sociedad Latinoamericana de Nutrición, que ocorreu em Punta Cana (República Dominicana), manifesto de pesquisadores latinoamericanos com mais de 300 assinaturas, cobrando uma mudança na política de apoio e patrocínios. O documento colhe mais assinaturas na internet - CLIQUE PARA ACESSAR.

 

Segundo o manifesto, muitas regiões do mundo passam por uma epidemia de obesidade, diabetes e outras doenças crônicas não transmissíveis relacionadas a dietas pouco saudáveis. Torna-se um conflito contar com o apoio em eventos científicos de Nutrição de empresas que contribuem para este problema. Conforme aponta o documento, "o patrocínio de grandes corporações do setor de alimentos e bebidas é motivado pela necessidade de protegerem seus interesses e conectar sua marca com uma mensagem de saúde e bem estar".

 

A POLÍTICA DA ASBRAN

 

A Asbran apoia a discussão que busca mudanças em favor da ética e valores, mas já se antecipou ao movimento. Em discussão interna desde o início do ano, definiu por meio de Portaria seus próprios critérios para parcerias, apoios e patrocínios.

 

Trata-se de um regramento detalhado que busca evitar conflitos de interesse e que se baseia nas recomendações da Estratégia Global para Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto à necessidade de fomentar mudanças socioambientais, em nível coletivo, para favorecer as escolhas saudáveis no nível individual.