Agosto reforça papel do nutricionista na amamentação

Agosto reforça papel do nutricionista na amamentação
Postado em 07/08/2017

Termina a Semana do Aleitamento Materno hoje (7) e começa o Agosto DOURADO. O mês do aleitamento materno já é lei, aprovada em março deste ano. Durante todo o mês deverão ser intensificadas ações de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno, tais como realização de palestras e eventos; divulgação de informações nas diversas mídias; reuniões com a comunidade; ações de divulgação em espaços públicos; iluminação ou decoração de espaços com a cor dourada.

A lei estimula o aleitamento materno e o projeto chamou a atenção para as dificuldades da mãe trabalhadora e para a ofensiva preconceituosa contra a amamentação em espaços coletivos — argumentou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), relatora do projeto em Plenário. Campanhas serão realizadas para reforçar que o ato de amamentar traz benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê, e que estes benefícios perduram até a vida adulta da criança, reduzindo riscos de muitas doenças.

Como anualmente ocorre, a Semana envolveu a participação de vários países no mundo todo, unidos em eventos e celebrações. Com o tema "trabalhando juntos para o bem comum", a agenda de atividades promoveu o encorajamento ao aleitamento materno como instrumento de melhora da saúde dos bebês. E os nutricionistas têm papel importante nesta relação.

Em entrevista à Rede Brasileira Infância e Consumo, a nutricionista Cleia Costa Barbosa, que possui extenso currículo de adesão, defesa e promoção do aleitamento materno, destacou que “os nutricionistas são os profissionais responsáveis pela alimentação adequada em todas as faixas etárias e têm compromisso que vai além do compromisso de garantir desenvolvimento saudável na primeira infância. “Nós compreendemos a anatomia e a fisiologia da glândula mamária e da boca do lactante, conhecemos a técnica de amamentação e sabemos como prevenir e tratar problemas que podem complicar o processo de amamentação”, disse.

"O leite materno é o primeiro alimento do bebê, é completo e seguro, na temperatura e quantidade adequada, sendo o primeiro passo para a promoção da qualidade de vida, além de proteger a mãe de doenças como câncer de mama e de colo de útero, obesidade entre outras”, ressaltou Clea, acrescentando que o profissional pode e deve, além de contribuir com a melhora e humanização do atendimento, “ocupar e assumir espaços, após treinamentos específicos, que garanta a possibilidade de coordenar: Bancos de Leite Humano (BLH), Sistema de Vigilância Alimentar (SISVAN), Estratégia Nacional de Promoção da Alimentação Complementar Saudável – ENPACS. "É preciso boa vontade das administrações públicas, mas é necessário o envolvimento efetivo do profissional de nutrição”.

Vale lembrar que, em uma feliz coincidência, agosto também é o mês do Nutricionista.

RECOMENDAÇÕES OMS/UNICEF
Dez passos para o sucesso da amamentação

Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, a qual deve ser rotineiramente transmitida a toda a equipe de cuidados de saúde.
Treinar toda a equipe de cuidados de saúde, capacitando-a para implementar esta norma.
Informar todas as grávidas atendidas sobre as vantagens e a prática da amamentação.
Ajudar as mães a iniciar a amamentação na primeira meia hora após o parto.
Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo que tenham de ser separadas de seus filhos.
Não dar ao recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que seja por indicação médica e/ou do nutricionista.
Praticar o alojamento conjunto – permitir que mães e os bebés permaneçam juntos 24 horas por dia.
Encorajar a amamentação sob livre demanda (sempre que o bebê quiser).
Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas.
Encorajar a criação de grupos de apoio à amamentação, para onde as mães devem ser encaminhadas por ocasião da alta hospitalar.