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A Associação Brasileira de Nutrição - Asbran vem a público lamentar o recente posicionamento dos Estados Unidos ante a resolução de incentivo à amamentação apresentada durante reunião da Assembleia Mundial da Saúde ocorrido em maio.
O propósito da delegação americana de enfraquecer publicamente o aleitamento materno, ignorando estudos que comprovam ser este o melhor a se oferecer ao bebê, levantou questionamentos da comunidade científica.
A prática do aleitamento materno é essencial para a proteção e a promoção da saúde da criança e é fundamental nos primeiros seis meses de vida de forma exclusiva. A amamentação contribui nutricional e imunologicamente para o desenvolvimento do lactente, prevenindo e controlando morbidades futuras.
Estudo publicado em 2016 pela revista científica The Lancet mostra que o aumento expressivo dos índices de amamentação evitaria 800 mil mortes de crianças por ano no mundo e geraria uma economia de US$ 300 bilhões.
É importante destacar que o Brasil é considerado pela própria ONU referência mundial em aleitamento materno. A evolução das taxas de amamentação no país e as políticas integradas de incentivo ao aleitamento materno asseguram seu protagonismo em relação a nações de alta renda.
A Asbran entende que o governo brasileiro precisa se manifestar e resistir à forte pressão dos Estados Unidos, que busca aliados para reduzir a importância do leite materno e retirar da resolução os limites impostos ao marketing enganoso dos métodos substitutos à amamentação.
Nenhum interesse pode ser maior do que o interesse pela vida.
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