A Associação Brasileira de Nutrição - ASBRAN, em parceria com o Conselho Federal de Nutricionistas - CFN, deu início ao projeto "Pela Saúde do Coração, Gordura Trans não". 

 

A iniciativa busca defender uma agenda propositiva de restrição do uso da gordura trans industrial em produtos alimentícios comercializados no Brasil, com base em evidências científicas e recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

 

Para isso, a ASBRAN e o CFN consideram fundamental o acompanhamento das medidas regulatórias no Executivo, no âmbito da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e no Legislativo. Vale destacar que a própria Anvisa já anunciou a prioridade do tema em sua agenda regulatória de 2019. 

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) defende a eliminação da gordura trans nos alimentos até 2023, em todo o mundo. 

 

Evidências científicas reforçam cada vez mais os impactos negativos à saúde relativos ao consumo de gorduras trans industriais. Os números são preocupantes: a cada ano, a ingestão de gordura trans industrial leva a mais de 500 mil mortes no mundo, estima a OMS.

 

A gordura trans é um tipo de gordura artificial, produzida industrialmente para melhorar o sabor e aumentar a durabilidade dos alimentos. Está presente em salgados, sorvetes, doces, assados.

 

O projeto "Pela Saúde do Coração, Gordura Trans não" pretende mobilizar profissionais da Saúde, formadores de opinião, parceiros e a população em geral para uma ação conjunta que desperte o poder público para a gravidade do tema. Segundo a presidente da ASBRAN, Ruth Guilherme, a "conscientização é o caminho para alcançarmos a melhor opção regulatória que proteja de fato a saúde dos brasileiros".

 

AGENDA

 

No próximo dia 12 de junho, às 11h30, na Câmara dos Deputados (Anexo II - Plenário 8) em Brasília, a Comissão de Defesa do Consumidor promove uma Audiência Pública sobre "Políticas de Regulação de Gordura Trans no Brasil".

 

Participarão do evento técnicos da Anvisa, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Associação Brasileira da Indústria de Alimentos - ABIA e Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - Idec. O envolvimento da sociedade também é importante nas discussões.