Dia Nacional da Saúde serve como reflexão para profissionais e gestores
Postado em 05/08/2010

Comemora-se nesta quinta-feira, dia 5 de agosto, o Dia Nacional da Saúde. A data, criada em 1967 em homenagem ao médico sanitarista Oswaldo Cruz, é um chamado à reflexão e incentivo para mudança de hábitos e início de uma vida mais saudável. 
A Associação Brasileira de Nutrição atende esse chamado tendo a consciência de que a saúde implica em um equilíbrio adquirido através de vários fatores, como uma boa alimentação.

Para a presidente Marcia Fidelix, no último ano o Brasil contabilizou avanços, mas a Saúde no País, e em especial a questão que envolve estímulos à adoção de hábitos alimentares mais saudáveis, ainda requer atenção especial de gestores públicos, responsabilidade da indústria alimentícia, de profissionais de saúde e da sociedade.

"Se de um lado as recentes pesquisas apontam a redução do consumo de carne gordurosa, do outro ainda lutamos contra o aumento da obesidade infantil e excesso de peso entre os brasileiros. A obesidade infantil aumentou cinco vezes nos últimos 20 anos no Brasil, o que exige medidas urgentes. Caso contrário, o SUS entrará em colapso em pouco tempo", avalia Marcia.

A última Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE mostra que é necessário um esforço maior para estimular o consumo de alimentos saudáveis e garantir que estes cheguem à mesa da população. E mais: a oferta de alimentos em restaurantes e cozinhas industriais pede mais responsabilidade na produção e seleção de cardápios. Isso porque os estudos mostram que o percentual das despesas com alimentação fora de casa, no total das despesas das famílias, cresceu de 24,1% para 31,1% e já representa quase um terço dos gastos com alimentos.

Embora o brasileiro tenha se alimentado mais, a verdade é que a qualidade ainda é prejudicada e as desigualdades regionais continuam marcantes. No Norte e Nordeste, cerca de 50% das famílias apresentam insuficiência na quantidade de alimentos consumidos.

"Nós da ASBRAN esperamos que estes dados saiam das tabelas de pesquisa para subsidiar políticas públicas que garantam a mesa farta, com alimentos saudáveis e priorizem a questão da educação alimentar", conclui Marcia.