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Asbran

Número de brasileiros com excesso de peso aumenta a cada ano
Postado em 27/08/2010

O que já se sabia há muito tempo foi confirmado pelo IBGE: o brasileiro está cada vez mais obeso. Pesquisa realizada pelo instituto em 2009 e divulgada recentemente apontou que quase metade da população brasileira (49%) com 20 anos ou mais está com excesso de peso. O dado faz parte do estudo “Antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil”. Foram entrevistadas mais de 188 mil pessoas de todas as idades, entre maio de 2008 e maio de 2009.

"Confirma-se uma tendência preocupante que mostra a fragilidade das políticas públicas no sentido de favorecer a alimentação saudável e a prática de atividades físicas", avalia a presidente da ASBRAN, Marcia Fidelix.

A pesquisa do IBGE indentificou que dos 20 aos 24 anos, as medianas de altura e peso do homem brasileiro são, respectivamente, 1,73 m e 69,4 kg. Já entre as mulheres nessa faixa etária, as medianas são, respectivamente, 1,61 m e 57,8 kg. Nessa faixa etária, o sobrepeso no sexo masculino saltou de 18,5% em 1974-1975 para 50,1% em 2008-2009. No sexo feminino, o aumento foi menor: de 28,7% para 48%.

Foi avaliado ainda o estado nutricional da população a partir da altura para cada idade, peso para cada idade e o Índice de Massa Corpórea (IMC) para cada idade - o índice é obtido com a divisão do peso em quilograma pela altura em metro quadrado.

São consideradas com sobrepeso pessoas com IMC igual ou superior a 25 kg/m2 e menor que 30 kg/m2; e obesas pessoas com IMC igual ou superior a 30 kg/m2. Pessoas com IMC inferior a 18,5 kg/m2 têm déficit de peso, segundo o IBGE.

A pesquisa aponta que, além da quase metade dos adultos brasileiros acima do peso, outros 14,8% apresentam obesidade e apenas 2,7% têm déficit de peso. A obesidade é maior entre as mulheres de 20 anos ou mais (16,9% delas) do que entre os homens (12,5%). Já o excesso de peso é registrado em maior parte entre os homens (50,1%) do que entre as mulheres (48%).

Segundo o IBGE, a desnutrição, nos primeiros anos de vida do brasileiro, e o excesso de peso e a obesidade em todas as demais idades, são problemas de grande relevância para a saúde pública. Os dois índices são contabilizados a partir dos números que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera saudáveis. O estudo destaca que a curva de evolução do peso mediano das crianças brasileiras ultrapassa o padrão esperado pela OMS, independente da idade e do sexo.

Das crianças de 5 a 9 anos, uma em cada três (33,5%) tem excesso de peso e 14,3% são obesas. Há déficit de peso em 4,1% das crianças nessa faixa etária. O número de crianças com excesso de peso representa um salto de 20 pontos percentuais em 20 anos.

Já entre os adolescentes de 10 a 19 anos, 3,4% apresentam déficit de peso; 20,5% têm excesso de peso; e 4,9% apresentam obesidade. Nesta mesma faixa etária, a maior porcentagem de adolescentes com déficit de peso mora no Nordeste (4,9%). No Sul está a maioria dos que estão acima do peso (26,9%) e das pessoas entre 10 e 19 anos obesas (7,6%).

A presidente da ASBRAN ressalta que há anos os profissionais da área têm alertado sobre o aumento da população com excesso de peso, especialmente na faixa infantil, e o perigo que isso representa a médio e longo prazo para o SUS. "Estamos vendo crescer uma geração de obesos que sobrecarregará o sistema de saúde, contribuindo para o crescimento também de doenças cardiovasculares, diabetes, doenças nas articulações, entre outras. Não basta termos a consciência da mudança, é preciso ações públicas urgentes".

Marcia lembrou a discussão recente sobre a regulamentação da publicidade de alimentos voltada ao público infantil, que culminou na decisão da Anvisa baixar uma norma para disciplinar a publicidade de alimentos com alto teor de açúcar, gorduras e sódio e de bebidas com baixo teor nutricional. "Infelizmente, um dia após vigorar a Resolução, a Advocacia Geral da União emitiu parecer recomendando sua revogação, em resposta à solicitação do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). Ou adotamos medidas eficazes e integradas já ou chegaremos ao mesmo nível dos Estados Unidos, o­nde a obesidade se transformou em um fator de risco para a saúde tão ou mais grave que o consumo de tabaco, como demonstrou estudo divulgado no início deste ano pela Revista American Journal of Preventive Medicine."

 

Observatório de Publicidade de Alimentos

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