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Por Gisele Pavin*
De acordo com dados da UNICEF (United Nations Children’s Fund.), todos os anos as doenças diarréicas e infecções respiratórias agudas causam a morte de mais de 3,5 milhões de crianças menores de 5 anos no mundo. Sabe-se que no Brasil, cerca de 70% da mortali¬dade infantil concentra-se no período neonatal. As afecções perinatais representam a principal causa de mortalidade neonatal e respondem por cerca de 50% das mortes de menores de 5 anos. Boa parte dessas mortes poderia ser evitada através do simples hábito de lavar as mãos com sabonete e água, especialmente após usar o banheiro e antes de preparar os alimentos. Esta prática ajuda a reduzir em mais de 42% os casos de doenças diarréicas, e em quase 25% os casos de infecções respiratórias. Entretanto, incentivar a lavagem das mãos em regiões onde há escassez de água potável e saneamento básico ainda é um desafio. No Brasil, a pesquisa “Hábitos de Lavagem de Mãos no Brasil”, de abril de 2010, realizada pelo IBOPE Inteligência mostrou que 1/3 das 277 entrevistadas não acha que lavar as mãos seja uma ação de boas maneiras. A pesquisa ouviu mulheres das classes sociais A, B, C e DE, em todas as regiões do Brasil, mães de crianças entre 4 e 12 anos. Dentre elas, apenas 25% afirmaram se importar em garantir que seus filhos lavem as mãos com sabonete depois de ir ao banheiro. A pesquisa mostrou a preocupação das brasileiras sobre a importância de lavar as mãos com sabonete antes das refeições, mas há a relutância de fazer isso de fato, deixando claro que esse não é um hábito de higiene usual, conforme podemos observar abaixo:
ORIENTAÇÃOVale lembrar que é recomendado lavar as mãos com sabonete no mínimo em cinco ocasiões – banho, após ir ao banheiro, antes do café da manhã, do almoço e do jantar. Em uma rotina comum, isso representa lavar as mãos com sabonete mais de dez vezes ao dia, no entanto, no Brasil, a média de vezes que as mães entrevistadas declaram que seus filhos lavam as mãos com sabonete é de cinco vezes.Evidências sugerem que a higienização feita somente com água é significativamente menos efetiva para eliminar germes do que se utilizássemos sabonete. Entretanto, em média, apenas de 0% a 34% das pessoas utilizam sabonetes para lavar as mãos. O uso do sabonete agrega um valor ao tempo que se usa para lavar as mãos, uma vez que o produto elimina a gordura e a sujeira que contém a maioria dos germes, além de deixar as mãos com um odor agradável, criando incentivo para seu uso.Os sabonetes antibacterianos mostram-se os mais efetivos para eliminar os germes que causam doenças e se utilizados corretamente, tanto a barra e sabonetes líquidos são igualmente eficazes na limpeza e na remoção de germes.Dessa maneira, lavar as mãos é um ato saudável e multiplicar este gesto também!1. Molhe as mãos e os pulsos com água;2. Aplique sabonete até cobrir toda a superfície das mãos; 3. Esfregue as mãos com a palma direita sobre a mão esquerda, e vice-versa;4 - Entrelace os dedos e esfregue bem o espaço entre eles, incluindo os polegares;5 - Lave bem o dorso das mãos, os pulsos e os espaços debaixo das unhas, eliminando qualquer sujeira mais resistente;6 - Deixe as mãos ensaboadas durante 15 segundos;7 - Enxague bastante com água corrente;8 - Seque as mãos com a toalha (em casa), ou com uma toalha de papel descartável;9 - Se estiver na rua, o ideal é que você use uma toalha de papel para fechar a torneira. Evite tocar na pia.
Bibliografia consultada:
1. A quantitative report hand wash routine- Job 10/0120- Abril, 2010- Ibope Inteligência2. A risk assessment framework for the evaluation of skin infections and the potential impact of antibacterial soap washing- Department of Marine Sciences, University of South Florida, St Petersburg and the School of Environmental Science, Engineering and Policy, Drexel University, Philadelphia., Joan B Rose, Charles N Haas., 19993. Curtis V, Caimcross S. Effect of washing hands whit soap on diarrhea risk in the community: a systematic review. Lancet Infectious Diseases. 2003, p.814. Ensink J. Health impact f hand washing with soap. WEEL Factsheets. London; 2004.5. FEACHEM RG. Interventions for the control of diarrhea diseases among young children: promotion of personal and domestic hygiene. Bull World Health Organ 1984; 62:467-76, HAGGERTY PA, et al.. Community-based hygiene education to reduce diarrhea disease in rural Zaire: impact of the intervention on di¬arrheal morbidity. Int J Epidemiology 1994;23:1050-9.6. Ferreira, Carlos Eugênio de Carvalho, Saneamento e mortalidade infantil / Sanitation and infant mortality, 6(4): 62-69, out.-dez. 1992. Tab. ilus.7. França, E e Lansky. Mortalidade Infantil Neonatal no Brasil: Situação, Tendências e Perspectivas. Brasil, 2008.8. Instituto Trata Brasil-Ibope Inteligência- Per¬cepções sobre Saneamento Básico . Agosto, 2009. Disponível em: http://www.tratabrasil.org.br/novo_site/?id=8221-.Acesso : 30/03/20119. Martinez M R, A. F. Campos, Paulo Cesar K. Nogueira. Adesão à técnica de lavagem de mãos em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.10. Portal da Saúde. Ministério da Saúde. Evolução da Mortalidade Infantil no Brasil. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/SAUDE/visualizar_texto.cfm?idtxt=24437. Acesso: 29/03/201111. Quantitative assessment of risk reduction from hand washing with antibacterial soaps , Gibson LL, Rose JB, Haas CN, Gerba CP, Rusin PA. PMID: 12000622 [PubMed - indexed for MEDLINE].* Gisele Pavin é nutricionista e especialista em Nutrição Clínica Funcional
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