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Asbran

16 de outubro: a fome não quer ser esquecida no mundo
Postado em 16/10/2011

Desde 1984, todos os anos, o dia 16 de outubro vem se traduzindo em um chamado da FAO para se pensar na alimentação. Números de famintos são anunciados, pesquisas pipocam sobre o tema na internet e programas são incentivados. Este ano mais de 180 países se unem em atividades que buscam sensibilizar sociedades para combater a fome e a ASBRAN se soma a este coro não somente para refletir sobre a fome, mas também para lembrar que esta deve ser saciada com alimento de qualidade.

Segundo o representante da FAO no Brasil, Hélder Muteia, entre 2010 e 2011, a alta dos preços dos alimentos levou 70 milhões de pessoas à pobreza extrema. O quadro é particularmente catastrófico no Chifre da África (no nordeste do continente africano), o­nde cerca de 12,4 milhões de pessoas precisam de assistência imediata na Somália, Etiópia, Djibouti e Quênia. No território somaliano, a situação é de calamidade: 750 mil podem morrer de fome nos próximos três meses. O Chifre da África vem sendo castigado pela pior seca dos últimos 50 anos, um sinal de que a natureza agora cobra do planeta o preço por décadas de degradação ambiental.

Em artigo publicado esta semana, o representante da FAO afirma que é possível sim enfrentar um quadro tão desolador. "A médio e longo prazo, é preciso reabilitar o sistema produtivo agropecuário dos países devastados, com investimentos em insumos agrícolas e na recuperação de solos degradados. Também é fundamental garantir ao pequeno produtor o acesso à terra e à água, ao mercado de crédito e seguro agrícolas. O estabelecimento de um novo quadro institucional  mundial, com a implementação de legislações adequadas ao comércio internacional, sob a supervisão da Organização Mundial do Comércio (OMC), garantirá relações multilaterais mais justas entre os países", avalia Muteia.

Segundo ele, não é segredo que os países ricos distorcem as relações comerciais ao fornecer subsídios à agricultura interna, prejudicando os países em desenvolvimento.O desdobramento da atual crise pode, portanto, acelerar a adoção de políticas protecionistas, o que só dificultaria o comércio internacional e o crescimento dos países em desenvolvimento. Nesse sentido, medidas de prevenção devem ser adotadas, por meio do fortalecimento das redes de proteção social e da produção agrícola,  para mitigar os efeitos da recessão sobre as populações carentes.

"O Brasil tem demonstrado, ao longo dos últimos anos, que é possível combinar crescimento econômico com redução da pobreza. Ações no âmbito da cooperação Sul-Sul, especialmente com a África (que irá adotar o modelo brasileiro do Programa de Aquisição de Alimentos), e a discussão sobre a fome no mundo em fóruns como o G-20 são bons exemplos do comprometimento do país por um mundo socialmente mais justo. Precisamos do envolvimento de toda a comunidade internacional para cumprir um dos mais importantes desafios do milênio: reduzir o número de famintos no mundo em 50% até 2015. A missão é difícil, mas não impossível", diz.

 

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